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27 de nov. de 2010

Arraias de água doce em aquario:


Esta matéria foi feita em cima de um texto que eu traduzi e adaptei baseado no conhecimento que adquiri ao longo dos anos que crio arraias e das inúmeras pesquisas que fiz focado no bem estar das minhas arraias.

Espero que esta matéria ajude a todos que querem criar arraias de água doce em aquário!

O aquário:

O aquário onde vamos introduzir a arraia deve ter medidas especiais, pois as arraias necessitam de espaço para manobrar, nadar e crescer.

A largura deste aquário deve ser de pelo menos três vezes o diâmetro do disco de um exemplar adulto da espécie a ser introduzida e o comprimento deve ser equivalente a três vezes o tamanho total de um exemplar da mesma espécie quando adulto (disco + cauda).

Nunca utilize um aquário menor que 500l para criar uma arraia.

A altura do aquário não precisa ser muita, algo em torno de 50cm já é o bastante!

O substrato:

O substrato deve ser areia fina, quanto mais fina melhor, pois substrato de maior granulometria pode machucar a parte inferior do disco da arraia.

Embora muitos aquaristas não utilizem substrato em aquários com arraias, o ideal é fazer o uso da areia, pois determinadas espécies ingerem areia para auxiliar na digestão dos alimentos e todas as espécies de arraias gostam de se enterrar.

A decoração:

A decoração do aquário deve ser reduzida ao mínimo, pois quanto menos obstáculos para a arraia nadar pelo fundo, melhor para ela.

Caso sua decoração utilize troncos ou pedras, tome cuidado para os mesmos não terem pontas que possam vir a machucar a arraia.

Para aqueles que querem plantar no aquário, opte por plantas resistentes, pois as plantas devem ser bem fixadas e o aquário não pode fazer uso de substrato fértil, co2 ou forte iluminação.

A iluminação:

A iluminação do aquário deve ser amena, apenas o suficiente para se ver a arraia.

A química da água:

A água deve ser mole (menos de 10 DH), e o pH neutro para ácido (pH 7,2 ou inferior).

A temperatura:

A temperatura deve ser controlada, recomendo algo em torno de 26° Celsius.

É aconselhável colocar o aquecedor fora do aquário, caso o filtro seja um sump, assim pode-se evitar quebra do aquecedor ou que a arraia se queime ao encostar nele.

A filtragem:

Assim como qualquer grande peixe, as arraias de água doce têm a necessidade de uma filtragem muito eficiente, pois elas não suportam mesmo que em baixas concentrações a amônia e o nitrito. O nitrato não pode ter níveis superiores a 10ppm.

A oxigenação deve ser alta, por isso é altamente recomendado o uso de bombas de circulação e areadores.

As trocas parciais de água devem ser freqüentes, no mínimo 25% do volume total do aquário por semana com o uso de água descansada e com condicionador para tirar o cloro e possíveis substâncias químicas contidas na água.

Deve-se evitar o acumulo de sujeita no fundo do aquário ou restos de comida.

Devido ao hábito de se enterrar, os filtros biológicos de fundo não devem ser utilizados. Em vez disso a unidade de filtragem deve ter grandes dimensões, contendo muita mídia biológica, mecânica e química.

A vazão da filtragem deve ser de pelo menos 7 vezes o volume do aquário por hora, sem contar com as bombas internas de circulação.

Sistema para proteção contra a falta de energia e o uso de equipamentos em redundância é altamente recomendado.

Os espécimes:

As arraias conseguem respirar mesmo estando com as guelras voltadas para o fundo do aquário por meio de seus espiráculos (as aberturas atrás dos olhos), por meio deles a água é “bombeada” para fora das brânquias e boca e assim elas absorvem o oxigênio da água.

Uma observação importante em relação as arraias, é que seu ferrão localizado em sua calda, é venenoso e de tempos em tempos a arraia o troca, por isso não adianta arrancá-lo pois além de ser prejudicial ao animal, o mesmo irá crescer novamente. Por isso não coloque a mão na cauda da arraia. E se caso você levar uma ferroada, procure atendimento médico imediatamente.

A territorialidade:

Nunca presenciei atos de agressividade entre arraias, porém não recomendo exemplares com diferença de tamanho muito grande, pois já presenciei arraias menores que tiveram o disco “mastigado” por arraias maiores.

No geral, pode-se ter varias espécies de arraias no mesmo aquário, contanto que o espaço seja adequado e o tamanho dos exemplares quando adultos compatíveis.

Para os iniciantes o ideal é se ter um exemplar no aquário.

A introdução e aclimatação:

Embora tenham aparência robusta, as arraias são animais muito sensíveis, tanto na hora do manejo quanto nas variações da química da água. Apesar de sua pele ser espessa, a arraia sendo um peixe cartilaginoso não possui uma proteção tão grande a seus órgãos internos.

Em hipótese alguma a arraia deve ser comprimida, tanto pelo fato acima citado como pelo fato de elas terem um ferrão venenoso.

Em seu transporte a arraia deve ser colocada dentro de um saco reforçado(várias camadas) com água em abundancia e oxigênio, tudo isso dentro de um isopor para manter uma temperatura constante, protegê-la e reduzir o stress do transporte.

Antes de introduzir a arraia em seu aquário, o aquarista deve fazer a aclimatação do animal.

Vá adicionando gradualmente a água do aquário para o saco de transporte com o uso de uma mangueira bem fina para ela se acostumar com a química e temperatura da água do aquário que ela será introduzida, depois de 40 minutos aclimatando a arraia, transfira com muito cuidado a arraia para seu aquário.

Os companheiros de aquário:

Por se tratar de um predador, as arraias não devem ser criadas junto a peixes muito menores, pois fatalmente elas irão comê-los.

Deve-se ter muito cuidado com os demais companheiros de aquário, já tive uma arraia que mordia qualquer peixe que estivesse no fundo do aquário.

Existem muitas pessoas que perdem suas arraias por elas serem importunadas por cecídeos ou cascudos que “beliscavam” seus discos.

O segredo é observar muito o aquário para descobrir as incompatibilidades de fauna, e se for preciso faça as alterações imediatamente, pois a insistência na incompatibilidade da fauna é a causa de muitas perdas.

A distinção de sexo:

A distinção de sexo entre as arraias é fácil, pois os machos têm um prolongamento na parte interna de sua nadadeira pélvica o clasper, e as fêmeas têm as nadadeiras pélvicas com formato arredondado.

Macho:

Fêmea:

As arraias fêmeas tendem a ser bem maiores que os machos, atente-se a isso no momento da compra, pois o aquário deve ser compatível com tamanho máximo da espécie adquirida quando esta for adulta, e no caso a fêmea será significativamente maior.

A alimentação:

Quase todos os espécimes demoram um pouco para começar a se alimentar de forma mais voraz, não se desespere, pois é normal elas demorarem um pouco para começar a se alimentar com vigor.

Porém depois de acostumadas ao aquário elas tendem a comer muito.

Se por algum motivo uma arraia já ambientada parar de comer, faça todos os testes na água e mantenha a atenção redobrada.

A alimentação pode ser feita com o uso de minhocas, camarões vivo, camarões congelados, mariscos, coração de boi, filé de peixe, peixes vivos, rações, blodworms e tubiflex.

De inicio elas tendem a comer com mais facilidade minhocas, pequenos peixes mortos dados com o uso de uma pinça, peixes vivos e camarões vivos.

Alimente sua arraia uma vez por dia e em porções suficientes para elas se satisfazerem e não deixe sobras de alimento no aquário, retire o que ela não comer.

Tenha o cuidado de observar se o alimento está chegando para a sua arraia, pois como elas só comem o que está no fundo, muitas vezes os demais peixes comem tudo antes delas conseguirem se alimentar.

As doenças:

Como todo peixe de aquário as arraias são suscetíveis a doenças, porém elas não toleram muitos tipos de medicamentos, por isso sempre que for constatada alguma anomalia, procure ajuda antes de medicar sem saber.

Hoje este tema é muito discutido em fóruns de discussão especializados, então pesquise para saber qual o tratamento mais adequado.

A aquisição:

Não compre indivíduos recém coletados, pois se eles não forem sobreviver, eles morrem dentro de uma ou duas semanas.

Cheque especialmente ao redor da boca e guelras na parte inferior do disco, pois não pode-se ter manchas de sangue, sinais de danos, infecções ou uma coloração muito avermelhada.

A parte de baixo do disco deve ser clara, a arraia não deve estar machucada e não deve possuir mutilações.

O animal deve estar comendo, não pode estar demasiadamente magro e com os "ossos" (cartilagem) marcando a pele.

Quanto a coloração na parte superior do disco, pode-se ter muitas variações, tanto entre espécies diferentes como indivíduos da mesma espécie, por isso fique atento para não levar uma espécie diferente da pretendida.

Conclusão:

As arraias de água doce precisam de muito espaço, boa qualidade de água, filtragem excelente, boa alimentação e muita dedicação do aquarista.

Esteja ciente de tudo que citei nesta matéria e ainda que os custos para manutenção são altos, pois mesmo que um exemplar não seja caro, a infraestrutura e manutenção para a criação de uma arraia sempre terá um custo alto.

24 de nov. de 2010

Quais as espécies de arraia que são liberadas para venda:

Segue a lista com as espécies de arraia que o IBAMA libera para a venda como peixe ornamental:

Potamotrygon motoro
Potamotrygon hystrix
Potamotrygon henley
Potamotrygon orbgnyi
Potamotrygon leopoldi
Potamotrygon schroederi

Abç.

23 de nov. de 2010

Descarte de peixes preocupa especialistas:

Gisela Cabral

A criação de peixes ornamentais é uma atividade de lazer bastante popular e costuma atrair adeptos nas mais diversas partes do mundo. Porém, o hobby, que costuma proporcionar sensações de bem-estar, relaxamento e harmonia, pode se tornar um verdadeiro transtorno ambiental, quando as pessoas desistem da prática, e não descarta os animais da maneira adequada.

De acordo com o professor André Magalhães, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a prática costuma ser uma crescente fonte de disseminação de peixes não nativos em ambientes aquáticos de diversos países. Dessa forma, pode haver a reprodução desenfreada desses animais, resultando na modificação da fauna local ao longo dos anos.

O simples ato de lançar os peixes criados em aquário em um rio ou lago, por exemplo, pode dar origem a problemas que vão além dos impactos sobre os ecossistemas marinhos e de água doce, colocando em risco a vida das pessoas. Magalhães explica que para se desfazer dos peixes, os aquaristas devem seguir à risca as recomendações feitas por instituições da área ambiental. “O ideal é que eles sejam doados ou vendidos.

Caso isso não seja possível, os animais podem ser sacrificados com o auxílio de anestésicos ou por meio da técnica do congelamento. Por meio desses métodos, não há sofrimento do animal”, destaca o pesquisador, autor de um artigo sobre o assunto com os colegas Newton Pimentel de Ulhôa Barbosa e Claudia Maria Jacobi.

“O interesse dos aquaristas pode ser afetado por problemas como o crescimento exagerado de algumas espécies, entre elas o pacu-de-barriga-vermelha. O comportamento agressivo de outras, como o oscar ou o apaiari, que atacam outros peixes colocados no mesmo aquário, e a morte de exemplares, decorrente de falhas de manutenção, também são algumas das justificativas”, destacam no texto.

Violência

Ao desistirem do hobby, muitos acabam lançando os peixes ornamentais nos rios ou lagos por considerarem o sacrifício dessas espécies um ato violento, mas expor um animal criado em aquário ao ambiente natural pode expô-lo a situações muito mais agressivas. “As pessoas nem imaginam que, ao serem jogados nos corpos d’água, os animais podem sofrer um mal ainda maior. Descartar esses animais no vaso sanitário também não é a saída, pois o esgoto de algumas cidades acabam desembocando em rios, por exemplo”, destaca.

O confinamento de peixes ornamentais para fins contemplativos é antigo. Segundo os historiadores, o aquarismo remonta aos antigos egípcios e romanos, desenvolvendo-se com mais força na China e no Japão entre os anos 970 e 1279. “Hoje, o mercado mundial de peixes ornamentais movimenta, por ano, cerca de US$ 3 bilhões. Já a indústria de equipamentos e acessórios para aquarismo, incluindo a literatura especializada, ultrapassa os US$ 15 bilhões”, finalizam os especialistas.

FONTE

21 de nov. de 2010

Feira de peixes ornamentais em Guarulhos:

Para quem não conhece a Feira de peixes ornamentais em Guarulhos, este é um bom local para encontrar um grande variedade de peixes com um preço bom!

A feira funciona das 16h às 22h na Central de Abastecimento Dr. Horácio de Almeida - Parque CECAP - Guarulhos.



Abç.

12 de nov. de 2010

Arraias "Batman"

Olá amigos,

Hoje vou escrever sobre um raro tipo de arraia e que pouco se sabe sobre elas, as arraias Batman, estas arraias são assim conhecidas pois possuem o disco com formato parecido com o símbolo do Batman.




Mas primeiro, eu gostaria de informar aqueles que acreditam que as arraias "Batman" são produzidas por mutilação quando ainda são jovens, que isso está totalmente incorreto!

As arraias são animais sensíveis e elas não poderiam sobreviver apos este tipo de mutilação, e mesmo se sobrevivessem, elas possuem uma incrível capacidade de regenerar o disco e isso impediria que a intervenção em seu disco persistisse por muito tempo.




Segundo pesquisas, as arraias Batman são fruto de uma disfunção no desenvolvimento embrionário e por este motivo seu disco não se forma totalmente, esta metamorfose é muito rara, e ninguém até hoje foi capaz de reproduzir este tipo de arraia em cativeiro.

Muito parecido com o albinismo, esta mutação é decorrente de um desajuste genético, este tipo de individuo é geralmente visto em cativeiro, pois a taxa de sobrevivência de um animal assim em estado selvagem é próxima do zero devido à sobrevivência frente a predadores e competição por comida.




Em cativeiro, estas arraias se movem, comem e agem como arraias normais, mas devem receber um cuidado especial pois elas tendem a ter mais dificuldade em competir por comida com os outros indivíduos.

Além das informações colhidas dos poucos exemplares que estão sendo mantidos em cativeiro, muito pouco se sabe sobre as arraias Batman, mas podemos afirmar que isso é fruto uma mutação genética, e não uma intervenção artificial feita pelo homem.




Nas raras vezes em que exemplares deste tipo aparecem para venda, os valores são exorbitantes.

Fonte: stingraysource.com



Abç.

11 de nov. de 2010

Como manter saudáveis os seus peixes ornamentais:

Fala pessoal,

Vi este manual da SERA e achei interessante, pois ele nos ajuda a diagnosticar e tratar algumas das doenças mais comuns nos peixes de aquario.

Como conheço e confio muito nos produtos desta marca vou disponibilizar o link para que todos possam avaliar o seu conteúdo.

A ressalva fica para o pessoal que cria peixes primitivos, pois eles não podem receber alguns tipos de medicamentos pois são sensíveis a produtos químicos!

LINK

Abç.

10 de nov. de 2010

Quem são os peixes faca:


Estas são as espécies conhecidas, o tamanho máximo aproximado e o local de origem:

Família Notopteridae:

-Chitala blanci - 120cm - Asia
-Chitala borneensis - 40cm - Asia
-Chitala chitala - 122cm - Asia
-Chitala hypselonotus - 100cm - Asia
-Chitala lopis - 150cm - Asia
-Chitala ornata - 100cm - Asia
-Notopterus notopterus - 60cm - Asia
-Papyrocranus afer - 80cm - Asia
-Papyrocranus congoensis - 22cm - Africa
-Xenomystus nigri - 30cm - Africa

Abç.

3 de nov. de 2010

Plantas para aquario de Primitivos:

Olá amigos,

A algum tempo comecei a plantar em meu aquário de primitivos e o resultado está sendo muito positivo, tanto no visual como para o bem estar dos peixes.

Sempre apreciei plantas naturais em aquários, pois além de ajudarem na filtragem do aquário, o visual fica muito mais agradável.

Sempre achei difícil conciliar plantas com peixes JUMBO, mas como minha fauna não tinha nenhum ciclídeo e nem peixes herbívoros, resolvi tentar!

Alguns meses depois da primeira tentativa, estou muito satisfeito com o resultado!

Mas o melhor de tudo é que meus peixes também adoraram o resultado, pois agora eles tem onde se esconder, coisa que na natureza é fundamental para eles!

Pensando nisso, resolvi colocar uma pequena lista com algumas plantas que não necessitam de cuidados específicos e que são de fácil manutenção e possuem folhas resistentes.

Em um aquário de primitivos não é recomendado o uso de substrato fértil, injeção de co2 e iluminação super dimensionada, pois o foco são os peixes!

Seguem as minhas sugestões:

Anúbias



Substrato: Só para segurar a planta, porém não deve se a parte de onde saem as folhas. O ideal é amarrar a planta a um objeto até que ela crie raízes
Iluminação: Baixa
Tamanho: 10cm a 40cm dependendo da espécie.

Musgo de Java



Substrato: Deve ser amarrada em troncos ou pedras
Iluminação: Baixa
Tamanho: Poucos milímetros

Samambaia de Java



Substrato: Deve ser amarrada em troncos
Iluminação: Baixa
Tamanho: 10cm a 30cm dependendo da espécie


Amazonense



Substrato: Só para segurar a planta. O ideal é amarrar a planta a um objeto até que ela crie raízes
Iluminação: Média
Tamanho: Depende da luminosidade recebida, pode chegar a 60cm

Valisnéria



Substrato: Só para segurar a planta. O ideal é amarrar a planta a um objeto até que ela crie raízes
Iluminação: Baixa
Tamanho: 50cm a 1m dependendo da espécie.

Abç.